“Só a Antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente.”
“Só me interessa o que não é meu. Lei do homem. Lei do antropófago.”
“Tínhamos a justiça codificação da vingança. A ciência codificação da Magia. Antropofagia. A transformação permanente do Tabu em totem.”
“Morte e vida das hipóteses. Da equação eu parte do Kosmos ao axioma Kosmos parte do eu. Subsistência. Conhecimento. Antropofagia.”
“A transfiguração do Tabu em totem. Antropofagia.”
“A luta entre o que se chamaria Incriado e a Criatura – ilustrada pela contradição permanente do homem e o seu Tabu. O amor quotidiano e o modus vivendi capitalista. Antropofagia. Absorção do inimigo sacro. Para transformá-lo em totem. A humana aventura. A terrena finalidade. Porém, só as puras elites conseguiram realizar a antropofagia carnal, que traz em si o mais alto sentido da vida e evita todos os males ... catequistas. O que se dá não é uma sublimação .... É a escala termométrica do instinto antropofágico. De carnal, ele se torna eletivo e cria a amizade. Afetivo, o amor. Especulativo, a ciência. Desvia-se e transfere-se. Chegamos ao aviltamento. A baixa antropofagia aglomerada nos pecados do catecismo – a inveja, a usura, a calúnia, o assassinato. Peste dos chamados povos cultos e cristianizados, é contra ela que estamos agindo. Antropófagos.”
(Oswald de Andrade, “Manifesto Antropófago”)
"Only anthropophagy unites us. Socially. Economically. Philosophically."
"I am only interested in what is not mine. Law of man. Law of the anthropophagus."
"We had justice as codification of vengeance. Science as codification of Magic. Anthropophagy. The permanent transformation of Taboo into totem."
"Death and life of hypotheses. From the self-equation part of the Kosmos to the Kosmos-axiom part of the self. Subsistence. Knowledge. Anthropophagy."
"The transfiguration of Taboo into totem. Anthropophagy."
"The struggle between what one might call Uncreated and the Creature – illustrated by the permanent contradiction of man and his Taboo. Daily love and capitalist modus vivendi. Anthropophagy. Absorption of the sacred enemy. To turn him into totem. The human adventure. The earthly finality. However, only the pure elites managed to realize carnal anthropophagy, which carries inside the highest meaning of life and averts all the ills ...of catechism. What happens is not a sublimation .... It is the thermometric scale of anthropophagic instinct. Once carnal, it turns elective and creates friendship. If affective, love. If speculative, science. It deviates, it transfers itself. We reach vilification. The base anthropophagy merged into the sins of catechism – envy, usury, calumny, murder. Plague of the so-called cultured and Christianized nations, that is what we are acting against. Anthropophagi."
(Oswald de Andrade, "Anthropophagic Manifesto." Trans. Maria do Carmo Zanini)
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